A Bahia vem fortalecendo sua rede de proteção à fauna, por meio do incentivo ao Cadastro de Áreas de Soltura de Animais Silvestres (Asas), propriedades públicas ou privadas que são utilizadas como locais para a reintrodução dessas espécies, que chegam ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), por meio de resgates, entregas voluntárias ou ações de fiscalização. Atualmente, o estado conta com 35 áreas cadastradas pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), distribuídas estrategicamente pelos biomas da Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado.
Marianna Pinho, bióloga da Coordenação de Gestão de Fauna do Inema (CGFAU), detalhou os pré-requisitos para uma propriedade se tornar uma Área de Soltura. “Para que uma área seja cadastrada como Asas, os técnicos do Inema verificam se a vegetação nativa está conservada, as espécies da fauna silvestre que ocorrem na área, fontes de água e principalmente que esteja livre de ameaças das ações humanas, como caça e captura, tanto dentro da área quanto no entorno, garantindo aos animais todas as características necessárias para sobrevivência e reprodução”, explicou.
Entre os animais soltos nas Asas estão os passeriformes, aves frequentemente vítimas do tráfico e da criação ilegal em gaiolas, além de serpentes, sariguês e outras espécies resgatadas em áreas urbanas. A bióloga também ressaltou que a escolha da área para soltura é feita com base em critérios técnicos. “Observamos a aptidão dos animais para o retorno à natureza e sua área de ocorrência natural. Só podemos soltá-los em locais onde há condições adequadas para sua sobrevivência”, frisou.
Para os proprietários interessados em transformar suas terras em uma Asas, é necessário entrar em contato com o Inema e preencher um formulário específico. A propriedade também precisa estar registrada no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir). O processo pode ser iniciado por meio da Central de Atendimento ou nas Unidades Regionais do Inema. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail cgfau@inema.ba.gov.br e pelo telefone (71) 3118-4350.
Fonte
Ascom/Sema
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